Death Note é o anime que todos deveriam ver, os fãs de animação japonesa por este ser uma obra prima, e os não fãs para verem que anime pode ser muito mais do que a violência de Dragon Ball Z ou as aventuras de Naruto. Death Note tem um roteiro simplesmente sensacional, que surpreende mesmo os mais calejados no gênero investigação.

Raito é um estudante exemplar que encontra casualmente um caderno preto no chão com as inscrições Death Note na capa. Dentro do caderno existem instruções em inglês. Elas dizem mais ou menos o seguinte: se o nome de uma pessoa for escrito nesse caderno, ela morrerá em alguns minutos. Caso a causa da morte não seja especificada, ela morrerá de ataque cardíaco. O dono do Death Note deve ter em mente o rosto da pessoa que ele deseja matar, para assim, não morrer uma pessoa com nome igual acidentalmente.

Raito, cético, inicialmente acha tudo uma bobagem, mas mesmo assim testa o caderninho num grupo de arruaceiros. Ao perceber que o negócio funciona, inicia uma limpa na sociedade. Para ser mais efetivo, ele assiste noticiários policiais para assim saber os nomes e rostos de assassinos para então escrever seus nomes e assassina-los.

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Ainda no primeiro episódio, Ryuuku aparece para Raito, Ryuuku é um shinigami (espírito da morte). Ele conta para Raito que estava entediado no seu mundo, e que por isso que jogou o Death Note no mundo dos humanos: para se divertir. Ryuuku explica que colocou as instruções no caderno em inglês justamente por ser a língua mais universal.

O anime acaba lançando algumas discussões: é certo o que Raito faz? As intenções dele são nobres, mas ele pode julgar quem merece morrer e quem merece viver?

Raito faz questão de ficar famoso, por isso deixa que todas as suas vítimas morram de ataque do coração, assim logo alguém desconfiará que tudo o que está acontecendo não pode ser mera coincidência. O que de fato ocorre. Rapidamente Raito se torna uma lenda urbana no Japão. As pessoas começam a ser referir a ele pelo pseudônimo de Kira (a pronúnica japonesa de Killer). Surgem vários sites na internet de admiração por Kira. Raito logo percebe a hipocrisia da sociedade: mesmo que todos achem errado matar como ele faz, no anonimato da internet, ele é admirado.

Mas logo os problemas de Raito surgem. Um investigador com o codinome de L resolve que vai acabar com a festa. A missão de L é infernal: pegar alguém que consegue matar a distância. Mas L se demonstra tão genial quanto Raito: L obriga uma pessoa já condenada a morte a fazer uma transmissão pela TV, no qual ele apresenta o seu nome e diz que vai prender Kira onde quer que ele esteja.

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Capa da primeira edição japonesa do mangá

Raito ao assistir isso, escreve o nome do condenado (pensando que ele era o investigador) no Death Note, dessa forma, o condenado morre ao vivo. Nesse momento L percebe que Raito realmente tem poderes sobrenaturais. Mas L foi ainda mais inteligente, essa transmissão passou apenas num bairro de Tóquio (onde aconteceram as primeiras mortes). Como o condenado morreu ao vivo na transmissão, era óbvio para L que Kira estava assistindo. Dessa forma, era uma confirmação de que Raito morava nesse Bairo. E o pior, além de agora L saber em que bairro Raito está, Raito não pode mata-lo pois desconhece seu nome e rosto.

Isso tudo foi apenas nos dois primeiros episódios (num total de 37), a investigação continua das maneiras mais interessantes possíveis, num jogo de rato e gato bastante disputado.

Outro detalhe legal do roteiro do anime é que vários personagens, inclusive personagens relevantes na trama morrem. E Death Note não é que nem Dragon Ball, Yu Yu Hakusho, Cavaleiros do Zodiaco ou Naruto: quando um personagem morre, é pra valer, não tem essa de ressuscitar.

A animação do seriado foi feito pelo estúdio Madhouse, o mesmo estúdio que faz a maior parte dos animes do CLAMP e é linda, com cores escuras, sem olhos enormes ou cabelos colororidos.

Quem não quiser correr atrás do anime (mas busquem, é muito bom), pode comprar o mangá, que tem o traço muito bonito também e está sendo publicado no Brasil pela JBC. Pelo que sei também existe um filme em live action, mas não sei ao certo se ele é bom.